terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Olhar profundamente...


Te olho nos olhos e você reclama, que te olho muito profundamente. Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.. Eu te ensinei quem sou; e você foi me tirando os espaços entre os abraços, agora guarda-me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir para te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade, de me inventar de novo. Desculpa... se te olho profundamente, rente à pele. A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços. A ponto de ver a estrada, muito antes dos seus passos... Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos! Eu não vou renunciar a mim! Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. Eu quero estar vivo e permanecer te olhando profundamente