terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


A escuridão cai.
O silêncio domina os quatro cantos do quarto.
Na tentativa cruel de escapar,
Dobramos os joelhos e começamos a rezar.

A dor é incessante, aguda, gelada.
O vazio toma conta dos ouvidos, dos olhos, da boca, da cabeça,
E por ultimo toma conta do coração!

Sabemos que nunca vamos ser como Deus.
Sabemos que ser poderoso, não significa ser amado.

Como um jogo de xadrez, qual somos peças inadequadas para jogar.
Afinal, para que estamos de joelhos dobrados?
Para que oramos? Por que?

Deus?
Nunca ouvi sua voz, nunca vi sua imagem, nunca senti o seu toque.
Deus?
Estou tão errado? Me corrija!

Por que nunca me responde?
Por que ainda estou sozinho?
Se estas ai, por que questiono a sua existência - o seu amor?

De joelhos dobrados, olhos fechados.
Não sei pra quem rezo...
Pra mim? Talvez.

A sensação de confissão - meu perdão.
O reconhecimento dos erros - epifania discreta.
O questionamento - minha evolução [?] .
Perguntas sem respostas - o vazio.

Deus, ainda esta aí?
Posso seguir com o plano?
Minha dor uma hora vai cessar?
Deus?