quinta-feira, 25 de agosto de 2011


D: Tentar... Eu não aguento mais tentar e não obter resultados!

G: A vida, o amor, Deus é assim – cruel a sua forma simples...

Teve-se um minuto de silêncio, ela se deitou no sofá, acendeu um cigarro e logo as lágrimas fluíram. Duas pessoas, um mesmo sofrimento, uma esperança – a de se apaixonar um pelo outro, mas a dor de não conseguir é a que gritava mais alto.

Ele se deitou ao lado dela, o barulho da chuva ecoava pela janela. O silencio entre eles aumentava em um ritmo assustador. Na tentativa de um gesto humano, ele colocou seu braço ao redor do pescoço da moça. Com os dedos, ele passeava e brincava com as orelha que um dia beijara. Ela se virou, mas não para beijá-lo ou abraço-lo... Virou-se para olhar os olhos tristes que a fitavam. Olhos vazios, castanhos e distantes.

D: Me perdoa, eu apenas não sei o que fazer ou o que falar. Só sei que não posso ir contra ao meu coração... Infelizmente é sempre a mesma história, o mesmo drama. Dia após dia.

G: Você não tem culpa, muito menos eu. Deus sabe que tentamos... A única coisa que eu queria era te amar, como se você fosse a única pessoa do mundo a me amar. Deus sabe que eu apenas queria isso, te amar...

D: Um ultimo cigarro então? O ultimo entre nós?

G: O ultimo, e que a fumaça leve nos embora, para o nosso justo caminho – aquele mal predestinado por Deus.

D: Assim foi, e é...

G: E que assim seja!

" This morning, you wake, a sunray hits your face,

Smeared makeup as we lay in the wake of destruction.

Hush baby, speak softly, tell me I'll be sorry... "